É certo e sabido que as dating apps são feitas maioritariamente para os homens gastarem dinheiro e terem a parte premium que traz opções infinitas. Mas também para aumentar e fragilizar o ego, mas também para trocar mensagens com desconhecidos que nunca vamos conhecer.
Vá, de quando em vez até se tem um convívio que começou no mundo digital, mas isso pouco importa para a vida dentro da app. Neste caso, sobre o Bumble, que tem muito mais que notificações engraçadas como (...)
Dizem que é mais fácil escrever de coração partido. Talvez seja, mas fica tudo muito monotemático. Também se escreve bem de coração apaixonado, mas o tema é o mesmo, e com sorte, a pessoa também. E com o coração a meio depósito?
Entre um e outro, há mil e uma teorias sobre a fórmula certa, para chegar à mesma conclusão: um novo amor. Seja com amigos de amigos, festas de anos, dating apps, ou aulas de samba, tudo é válido para conhecer quem queremos conhecer melhor.
E, (...)
Se esta crónica fosse um filme, começava com algo mais ou menos assim: Do mesmo criador de “Tudo bem, tudo e contigo, também”. Mas não é. É um texto disfarçado de segunda parte de outro.
Esta crónica é sobre que disse a mim mesmo algures em novembro “amanhã escrevo o resto” e esse amanhã só demorou 10 meses a chegar. Pode ser muito, pode ser (...)
“O saber não ocupa lugar” mas gostar de alguém ocupa muito. Uma verdade que é válida para todos os estados civis: solteiro, casado, viúvo ou divorciado. Todos eles finitos, estáticos. E nem um retrata o estado em que se está quando não se cabe em estado nenhum.
Sugiro dois novos. Não para o cartão de cidadão, só para conversa de ocasião. Quais? Não sei, mas vai ser útil. Apaixonado e De Luto.
Cada um serve para todos, porque o solteiro apaixona-se pelo desconhecido e o (...)
Dizem que o maior orgão do corpo humano é a pele. Não para mim. A minha distração é muito maior e não há protetor solar que me proteja. Afeta-me um pouco a rotina que não tenho. Ou anima. Depende do otimismo com que se vive a distração, e eu vivo-a em exagero.
Tudo o que a distração me faz é uma história para contar, mas o egocentrismo fútil do que hoje escrevo é a distração que me afeta a relação com os outros. Os outros que me surpreendem na vida real e me dizem (...)
(Publico no Público P3 a 12 de maio de 2021)
“O mundo sabe que” é a minha serenata na declaração de amor que canto por ti. O que sinto não é fácil de escrever, é um amor tão irracional quanto transcendental, onde todas as palavras parecem curtas e pequenas para falar (...)
Estar apaixonado é incrível. Acho eu, que sinto sentimentos a mais, e mesmo assim guardo-os todos para uma só pessoa. Nem sempre a mesma. Pelo menos por enquanto. A minha paixão é monogâmica, mas na amizade não tenho controlo. Sou poliamoroso.
A paixão é um incêndio florestal, descontrolado, que arrasa tudo o que lhe aparece à frente. Mas em bom. Já o amor é um crescendo de carinho e orgulho, por várias pessoas ao mesmo tempo. Também tem paixão à mistura, mas onde um (...)
Gosto de ver fotos e vídeos de pessoas que andam atrás do mundo como se fosse de um comboio. Gosto de ver, mas só por vontade própria. Enfiarem-me 396 fotos de um fim-de-semana “super giro” continua a ser incómodo. Principalmente quando o destino tem pouco de encantador para me impressionar em fotos. Tal como, sei lá, um qualquer.
Se eu quiser muito ver um sítio vou ao Google. Ou, na loucura, compro uma viagem para lá. Menos para São Miguel (Açores). Só no ano passado vi (...)
Gosto de palavras. De dizer. De escrever. Mas há imagens que valem mais que mil palavras, só não sei quanto vale o meu olhar. E por mais óbvio que seja, como te vejo, só não sabes se não quiseres. Eu bem te olho, mas quase sempre de óculos de sol.
Há quem tenha o coração na boca. O meu salta à vista. Não deixo que o sentimento me fuja por entre os dentes, mas tenho sempre as emoções à flor da íris. Seja no que quero dizer, ou no que ouço, sinto muito não reagir tanto (...)
Não sou de fazer listas. Já tentei, especialmente, nos réveillons, mas acabo sempre por perdê-las. É o mesmo com as coisas que me fazem feliz. Não as escrevo para me poder surpreender cada vez que reencontro mais uma. Pensar em ti é uma delas. Nadar é outra. Acho que gosto de me sentir molhado.
Entrei dentro de água, na piscina, e o sorriso apareceu com a mesma naturalidade de quando olho para ti. É uma felicidade genuína, que me deixa sempre bem, feliz. Às vezes nem de nadar (...)