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Crónicas no Bar da Praia

Às segundas, nem sempre sobre bares ou praias.

Crónicas no Bar da Praia

Às segundas, nem sempre sobre bares ou praias.

Não sei se alguém me perguntou isto. Costumo estar distraído. Mas já me fizeram parecido, “és peixes, não és? Nota-se”. E eu nem tinha vindo da piscina. Nunca me senti filho único. Pelo menos nos estereótipos típicos do que é ser filho único. Se calhar, é por ter irmãos. Mas é muito provável que não seja, até porque seria informação falsa.

Eu nem tenho o hábito de tratar pessoas por “mano” ou “mana”. E provavelmente também não está relacionado. Eu tenho tias e tios, pai e mãe, mas não ando aí a chamar graus de parentesco a pessoas que não são da minha família. Não faria sentido, tal como os estereótipos.

“Mandões e dominadores”. Menos eu que prefiro que alguém me domine. Sou passivo, menos nos rendimentos que tenho. E ser mandão também não me excita muito. Não gosto de mandar em ninguém, porque eu próprio não sei o que estou a fazer. Isto é sobre quê? Continuando.

“Não sabem partilhar” é a minha preferida, porque partilho demais, especialmente sobre a minha vida. Quanto a coisas, digamos que eu andei uma hora à procura de algo que tinha dado há mais de um ano. Eram uns óculos de sol. Que eu não perdi. DEI. E é recorrente. Dou coisas que não preciso, ou não uso, até ao dia que as quero de volta. E tal como as ex-namoradas, também me lembro sempre tarde de mais do quanto queria e gostava.

“Falta de habilidades sociais” e eu a achar que já conheço e gosto de pessoas a mais, para as quais não não tenho o tempo que queria. Ou então são mesmo poucas e eu nem disso tenho noção.

“Incapazes de lidar com a crítica” e eu que, adoro o que faço, mas sou obrigado a lidar com a rejeição diária de várias pessoas. Aliás, o que eu mais faço é escrever e editar, editar e escrever de novo a mesma coisa até acertar. Lido bem com a crítica, até porque acredito que tudo o que faço não é grande coisa, portanto, faz sentido.

Também dizem que os filhos únicos têm excesso de confiança? Eu acho que não, mas se disserem, também não tenho.

“Os filhos únicos são mimados” e eu que já recebi telefonemas dos meus pais a informarem-me que vão jantar fora, ou já foram, ou que marcaram uma viagem. Até preciso de pedir se posso ir também. Se isto é ser mimado, devem ter outro filho e eu não sei de nada.

E ainda dizem que os filhos únicos são “egocêntricos”. Fogo, logo eu que estou aqui a escrever isto tudo sobre mim. Ups.

Fora do mundo destes estereótipos, mas ainda sobre filhos. Não me lembro de ter acontecido comigo, mas já ouvi alguém dizer “filho da mãe” e a resposta imediata ser “e do pai também, senão era coxo”. Ora, eu sou filho dos dois e sou coxo. Serei adoptado, ou estas frases são tão ocas como quem as diz?

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